A punição dada ao neurocirurgião Adão Orlando Crespo Gonçalves que foi
indiciado por omissão de socorro, depois de faltar ao trabalho, no
inquérito sobre a morte da menina Adrielly dos Santos Vieira ocorrida no
último dia 4, no Rio de Janeiro, parece não ter servido de lição para
outros profissionais no país.
Em Apodi, na região Oeste do RN, a demora na chegada do médico, deixa
pacientes descobertos, provoca filas e clima de insatisfação e tensão
nos corredores do Hospital Regional Hélio Morais Marinho. O último
plantão terminou às 7h, a médica ainda esperou, mas como tinha
compromisso em outra cidade, precisou deixar a unidade sem atendimento,
mostrando a imensa fragilidade do sistema de saúde do interior que, além
da falta de estrutura e da carência de profissionais, ainda precisa
enfrentar o descompromisso dos que deveriam chegar primeiro.
O atraso do médico foi de apenas duas horas, mas suficiente para deixar
um paciente com pré-diagnóstico de infarto reclamando de dor na sala de
espera e outro na sala de microcirurgias.
Fonte: Jornal de Fato
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